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Violência urbana e os embaixadores da paz

Por Ana Luz


As imagens do assassinato do congolês Moïse Kabagambe, morto a paulada, ainda estão presentes na memória. 200 reais, o pagamento de um dia inteiro de trabalho, teria motivado crime. Marcelo Gonzales, outro refugiado, pai de 3 filhos, baleado a queima roupa por 100 reais, o que correspondia a 1 mês de aluguel atrasado. Estes são apenas dois dos casos mais recentes divulgados pela grande mídia. A série de Lives Diálogos de Esperança nesta próxima terça-feira (22) irá conversar sobre esse assunto que torna-se cada dia mais urgente para a igreja e seu trabalho missional e transformador.


O Atlas da Violência 2021, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que, apesar da taxa de homicídios ter caído na maioria dos estados, o Brasil registrou um crescimento de 35,2% no número de mortes violentas por causas indeterminadas entre 2018 e 2019. Os maiores aumentos foram registrados no Rio de Janeiro (232%), no Acre (185%) e em Rondônia (178%). Para além de números, o brasileiro negro, de classes mais desprovidas, convive com a insegurança e o medo de forma intermitente. Diante de tal quadro, como traduzir a relevância de um evangelho que prega a paz, não apenas em palavras, mas encarnado em sua vida e prática?


Com o tema "A violência urbana e os embaixadores da paz", o Diálogos de Esperança receberá Adriane Maia, fundadora da Casa Semente em Jardim Gramacho, onde atua no desenvolvimento de soluções a partir da educação para o desenvolvimento comunitário, e Bebeto Araújo, que trabalhou por 15 anos com desenvolvimento comunitário transformacional na região do Vale do Ribeira (PR) e, nos últimos 9 anos, lidera a Missão Aliança, também voltada para a assistência às populações mais vulneráveis. Para Bebeto e Adriane a igreja precisa elaborar respostas bíblicas de caráter público que toquem nas causas estruturais da violência. "Deus nos convida a participar ativamente da promoção do seu reino em todas as esferas da vida comunitária e social, sempre em sintonia com os critérios do mesmo: justiça em vez de injustiça; partilha em vez de acúmulo; serviço em vez de poder; verdade em vez de manipulação; acolhimento em vez de exclusão; e alegria em vez de aflição e luto", é o que ressaltam no artigo, que traz o mesmo título da live, publicado no livro "Raízes de Um Evangelho Integral", referência teórica e pedagógica dos Diálogos de Esperança para o ano de 2022.


Serviço:

Diálogos de Esperança

Tema: "A violência urbana e os embaixadores da paz"

Mediador: Valdir Steuernagel

Data: 22 de fevereiro de 2022

Hora: 20h


Sobre os convidados:

Adriane Maia - Cirurgia bucomaxilofacial, mestre e doutoranda em violência e saúde pela Fundação Oswaldo Cruz. Professora de cirurgia no curso de odontologia da universidade Veiga de Almeida. Tem experiências em pesquisas sobre violência urbana nos temas: violência armada, polícia e juventude. Fundadora da Casa Semente em Jardim Gramacho, onde atua no desenvolvimento de soluções a partir da educação para o desenvolvimento comunitário. Membro da Comissão de Direito da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados de Duque de Caxias, RJ. Integrante do conselho consultivo da Missão Aliança e do Projeto Calçada. Casada com Vitor Maia e mãe de Ana e Victor.


Bebeto Araújo - Engenheiro Florestal, estudou Missiologia no Centro Evangélico de Missões, viveu e trabalhou por 15 anos com desenvolvimento comunitário transformacional em uma cidade empobrecida na região do Vale do Ribeira (PR). Nos últimos 9 anos lidera a Missão Aliança, organização norueguesa de caráter diaconal que opera no Brasil desde 2005.



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